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da serra #01 - improviso
01:46
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da serra #04- resguardo
03:09
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5. |
Lucas
01:57
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O amor traduzido
Faz da vida alarido
Com intenções malucas
Com intenções malucas
O amor bilingue
Não traduz nem extingue
As intenções malucas
As intenções malucas
De espalhar a vida
Bonita e consentida
Em forma de menino
O pequenino Lucas
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6. |
quem não rouba nem herda
02:13
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Belarmino despedido
procurava a perspectiva
precisava de dinheiro
mas não via uma saída
estava fora de questão
ir trabalhar para engordar
aqueles que se alimentam
da forma pobre de estar
não queria mendigar
nem seguir o sacerdócio
e o seu ideal de vida
era mandar no seu negócio
e tentou tudo o que havia, desde perfumes a merda
tanto faz assim é a vida de quem não rouba nem herda
Floriana reformada
de olhos na televisão
sempre se ia abstraindo
do estado da nação
mas a tragédia filmada
garante sempre audiência
e é uma linha bem traçada
com destino à lutulência
fazia contas à vida
com cuidado e desalento
exercício de poupança
para ter o medicamento
e esticava o que podia, com uma pensão de merda
contas certas são a vida de quem não rouba nem herda
Guilhermino era estudante
mas cancelou a propina
impingiram-lhe o conceito
que estudar é coisa fina
o importante é trabalhar
p'ra se chegar a patrão
nos livros ninguém ensina
como chegar ao milhão
que importa o conhecimento
quando há contas p'ra pagar
é o que cita o manual
de estilo do capital
guilhermino fez-se à vida e mandou a escola à merda
os caminhos são estreitos p'ra quem não rouba nem herda
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7. |
a Maria
01:54
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A Maria abraça o mundo
Sente as coisas num segundo
Vira e volta as costas ao medo
Parece que guarda um segredo
Não tenho segredo não
Não tenho segredo não
Só um grande amor no coração
A Maria abraça o dia
Com requintes de euforia
Salta e canta sem ter rumo
Queima o fogo e inspira o fumo
Não respiro o fumo não
Não respiro o fumo não
Só um grande amor no coração
A Maria é transparente
Não esconde o ar contente
Faz correr apressado o sangue
Não há com quem ela se zangue
Não vivo zangada não
Não vivo zangada não
Só por ter amor no coração
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8. |
tótil
03:30
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achantro a mula se me fico
subo à rua e não complico
desamparo a loja do amigo
as torres caem no aleixo
eu já sem guito e só me queixo
implode a bomba suspira o abrigo
o cimbalino espanta os gunas
na foz ninguém canta as dunas
ouvem motores e chamam-lhe um figo
os carros fazem boa vista
boa vida p'ró jurista
o ar da baixa sopra no balão
o artista chega e pinta uma ruína
o poder diz que não
compra o branco e oferece as trinchas
aos putos da reacção
e tantos te querem mal
fazer de ti cartão postal
sem apelo nem agravo
mas tu cidade de ameias
nem sequer te regateias
vais em frente, pelo lado
achantro a mula se me fico
desço à praça e simplifico
desamparo a mesa do colega
o parque espera o empreiteiro
faz negócio o picheleiro
brinda o povo quezília na adega
o estrugido afina a traça
à porta o bom cheiro da passa
espreita o sol e sigo p'ra vandoma
O urbano apita e o nevoeiro
pintam a manta primeiro
compro um curso e vendo o diploma
no douro o barco é aparato
do turista com sindicato
a língua contorce e reage
"je ne sais pas la fromage"
e quem te chama parola
sustenta uma ideia tola
da igualdade pelo enfado
és tótil na excepção
p'lo sotaque sem brasão
e do carisma afiado
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9. |
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Desde que nasci da rodinha à discoteca
Eu não danço
Desculpa pequenina mas não é minha sina
Eu não danço
Fico assim parado, mão no copo e ar de tanso
Eu não danço
Não queimo calorias e não papo a euforia
Eu não danço
Eu não danço
Eu não danço
Não tenho jeito p'ró meu corpo abanado fica estranho
morfologia gigante e meios de australopiteco
nem que toque um reco-reco e pode até ser confiança
mas a mim ninguém me leva numa dança
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