Nas ruas há gente que morre
Com fome de poesia.
Veladamente,
(e não sem um toque de ironia)
Estendem a mão, à espera de um verso
Mas só lhes dão pão.
Nas ruas há gente que seca
Com sede de utopia.
Perdidamente,
(e sem uma gota de ironia)
Abrem a boca, à espera de um sonho
Mas só lhes dão pão.
Nas ruas há gente que já morreu
Por não ter fome nem sede.
Caridosamente,
(têm pena dos mendigos!)
Atiram pão a quem esmola e eles
Só comem do pão que lhes dão.
credits
from grão,
released November 25, 2011
Letra: Rita Madeira
Música: Nuno Sanches