Supimpa é o termo adequado
Anda sempre engravatado
Cremalheira reluzente
No discurso e na retórica corrente
Pelas feiras e aldeias vai mostrando
O caminho para isto andar p'ra frente
E que já chega de gatunos
Ladrões Bandidos Vigaristas
Pelo meio vamos nós presos também
Ele garante que cumpre
O que promete e promete prometer
Com a experiência acumulada de gravata
Tudo faz acontecer
O perfume e o colarinho passajado
Mostram ares de quem carrega
Uma cegueira pelo Estado
Social ou liberal o que é que importa
Se o que conta é ter assento reservado
Na cadeira do poder seja local ou regional ou nacional
É tão quentinho o hemiciclo tem cantina e dá pensão marsupial
Ele desvenda os caminhos que começam e acabam na comissão
E entretanto guarda a carta rara do "Você está livre da prisão"
Um sossego que lhe traz
Essa ambição de capataz
É a certeza na desimaginação
Dos votos que votados o são pela cor
Deseducados de sentido pensador