1. |
fen the man
03:25
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Fen The Man é um monstro sagrado
Com futuro e sem passado
Com cuidados de consumo especial
Não dispensa a refeição gourmet
Do cozinheiro respeitado
Fen The Man quer ir p'ra lá de bestial
Fruta e verdes só calibre certo
O resto já não soa esperto
Fen the Man tem o palato ideal
Bebe vinho só colheita rara
A roupa não compra na Zara
Fen the man possui um gosto genial
Fen the man é o modelo
Do pododáctilo ao cabelo
Da queratina ao cotovelo
Fen the men é o maior
Fen The Man tem a casa num brinco
Toda limpa em tal afinco
Reluzente desde o sotão à entrada
Orga nizada estilo "feng shui" (fong shué)
Quem entra lá descalça o pé
Fen The Man preza uma mente libertada
Mobília só de design estrangeiro
Nunca o retalho foleiro
Bibelagem toda personalizada
Papel de cor para limpar o rabo
Não vá tecer o diabo
Tintas que tinjam o cu na cor errada
Fen the man é o modelo
Do pododáct ilo ao cabelo
Da queratina ao co tovelo
Fen the men é o maior
Fen the Man tem p'ró corpo costumes
Não dispensa os bons perfumes
Acumula muitos cremes hidratantes
A pele sempre lisinha e temperada
De Ph (peagá) controlada
Os olhos guardam sobrancelhas bem brilhantes
O exercício é sempre a rotina
Não no ginásio da esquina
Fen the Man tem um treinador pessoal
Fen the man nunca fica doente
Tem um porte resistente
Que lhe garante saúde jovial
Fen the man é o modelo
Do pododáctilo ao cabelo
Da queratina ao cotovelo
Fen the men é o maior
É impossível ser melhor
No universo ou seu redor
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2. |
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bem vinda marta ouvi dizer
que já estavas farta da barriga da mãe
o pápá ligou-me com a voz tremida
e eu fui a correr abrir o champagne
e brindei sozinho à tua nova vida
a pensar no sorriso do teu são joão
e enquanto choravas a descobrir o mundo
eu fiquei p'raqui a fazer-te esta canção
só p'ra te dizer que és bem vinda
o mundo estava mesmo a precisar de ti
dizem que tudo vai mal, que a vida é um cócó
mas tu és deste discurso outro solidó
que canta sempre no sentido inverso na transformação
em vida do encontro e do amor
por isso tudo, mas também por seres linda
bem vinda, bem vinda
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3. |
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Esta é a história simples do Albertino o homem que não tinha por destino
seguir a rota delineada
de pequeno abala e faz-se à estrada
Não tinha mapa não tinha norte ele só queria tentar a sorte
E andou
E andou
Sem parar
Que a vida quando dá sinal
Inerte fica quem está mal
Por mais que pareça normal
Deixar estar
Esta é a história simples da Joaquina a mulher que contrariou a sina
de ser escrava do seu patrão ou de ser amante sem ter paixão
Pegou nas saias e de saída, Joaquina queria uma nova vida
E andou
E andou
Sem parar
Que a vida quando dá sinal
Inerte fica quem está mal
Por mais que pareça normal
Deixar estar
Esta é a história simples da coincidência, daquelas que ficam para a ciência
estudar a regra e a sua excepção do querer voar alto ou ficar no chão
Temos sempre faca e o queijo na mão e o corte dispensa a hesitação
E cortou
E cortou
Sem parar
Que a vida quando dá sinal
Inerte fica quem está mal
Por mais que pareça normal
Deixar estar
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4. |
esquisso #01
03:58
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tum-tum, tum-tum, trrim trrim, fon fon, tum-tum, tum-tum, trrim trrim, dim dom, heroísmo, trrim, trrim, pzzzzt, pip, piiiiiiiii, tum-tum, tum-tum, trrim triim.
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5. |
indigências
04:30
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Saio do meu banho entre vapores
E visto o meu vestido mais bonito
E tudo
espelho meu
porque acredito nas pétalas das flores)
Solto o meu cabelo (presa em mim)
Que a ideia da loucura é mesmo assim
e tudo o que se aposta numa dança
Quando é vag' uma esperança de ternura.
Entre sombras e sonhos choro cheia de frio
Que em todas as coisas vejo um copo vazio
Mas esta noite eu sei que num conselho de gin
Vou erguer a cabeça e vais olhar para mim
E diremos os dois um qualquer cliché
Estilo “gosto de ti não perguntes porquê”;
Eu farei o meu riso
Tu serás o galã
E o mais não preciso
De dispor no ecrã
Pois com alguma sorte dançaremos os dois
Nesse doce momento que precede o depois
Delicado q.b solto as últimas vaidades
Á procura de ilusões que me finjam ser verdades
Ensaio um sorriso que faça tremer o medo
Que as borboletas na barriga são do amar em segredo
E de passo controlado vou até ao meu destino
Uma espécie de um alcoice onde me sinto menino
E fujo da luz forte prefiro a sombra discreta
Onde possa olhar para ti sem revelar o ar pateta
E peço mais um copo para me sentir confiante
Que este é um mundo de anões e eu quero ser um gigante
Mas esta noite eu sei que depois de um conselho de gin
Vou erguer a cabeça e vais olhar para mim
E diremos os dois um qualquer cliché
Estilo “gosto de ti não perguntes porquê”;
Eu farei o meu riso
Tu serás o galã
E o mais não preciso
De dispor no ecrã
Pois com alguma sorte dançaremos os dois
Nesse doce momento que precede o depois
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6. |
a noite é nossa
03:29
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Olá
Cá estamos nós outra vez
A noite juntou-nos
A festa encontrou-nos
Esta noite aqui
E enquanto
O Acordeão não parar
Podemos falar
Quem sabe dançar ou apenas
Ficar
Ás vezes o mau caminho não deixa de ser certo
E nem sempre a água ajuda a regar o deserto
Traz a tua história, abanca-te aí
E juntos façamos uma festa aqui
Porque hoje a noite é nossa
E dizem
Que a lua também aconselha
Diz-nos ao ouvido
Coisas com sentido
Boas de ouvir
E deixa
P'ra trás o que lá ficou
As mágoas do tempo
Sombras e passados
A iluminar
E de passos silenciosos se faz uma orquestra
Para abrir um coração sem ter a chave-mestra
Cantemos então, neste breve instante
A compôr um sonho ainda que distante
Porque hoje a noite é nossa
Lancemos foguetes
Soltem os balões
Venham p'ra dançar
Até o sol raiar
Faz rodar o vinho
Seja branco ou tinto
Hoje vou à praça
Soltar o que sinto
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7. |
resguardo
03:55
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Queria ser lapa, sou concha fechada
Queria ser cola, sou olhos de raposa
Queria ser espelho, sou janela quebrada
Queria ser casa, sou anexo devoluto
Queria ser porta, sou arame farpado
Queria ser beijo, sou rosto torcido
Queria ser abraço, sou mãos dentro de bolsos
Queria ser sexo, sou castidade
Queria ser mãos, sou luvas de inverno
Queria ser Verão, sou lágrimas de chuva
Queria ser cantor, sou desafino rouco
Queria ser ágil, sou entorpecido
Queria a verdade, sou toda a mentira
Queria ser nós, não passo de mim
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8. |
na minha varanda
02:51
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Na minha varanda
é sempre o amor quem manda
Tem o mar e o horizonte
E até a cidade abranda
Na minha varanda
Troquei segredos com a lua
Descobri novas estrelas
Brilhantes do céu à rua
Na minha varanda
Eu tentei esta canção
Que nunca fica pronta
E precisa de um refrão
Na minha varanda é sempre o amor quem manda
Na minha varanda
Prometo às madrugadas
Novas vidas novos sonhos
E moderar as noitadas
Na minha varanda
Oiço o canto dos pardais
Lembram-me sempre a sorrir
Que não há dias iguais
Na minha varanda
Eu tentei esta canção
Que nunca fica pronta
E precisa de um refrão
Na minha varanda é sempre o amor quem manda
Na minha varanda
dá p'ra ver o por-do-sol
Que pousa sempre no mar
E faz do mundo o meu lençol
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9. |
lenga longa da azeitona
02:05
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azeitona, minha azeitoninha
vou-te dar com a vara
para tu seres minha
e como um mau marido
prendo-te na minha rede
tudo isto no sentido
de seres a minha Raínha
azeitona, minha azeitoninha
tiro de ti toda a rama
p'ra compor teu figurino
quero-te simples e nua
p'ra te dar um bom destino
assim é com quem sem ama
seja no quarto ou na rua
azeitona, minha azeitoninha
toco-te com precisão
e nunca te deixo sozinha
vais com as irmãs na saca
levada pela minha mão
carrego contigo às costas
guardo-te no coração
azeitona, minha azeitoninha
olhas p'ra mim com ternura
na folia da moenda
danças solta no lagar
és aspiração a lenda
és a oferta mais pura
que a terra nos faz chegar
azeitona, minha azeitoninha
dou-te o abraço final
e entrego-te ao castelo
é o último clamor
do nosso longo duelo
nunca te quis tratar mal
só fazer de ti sabor
azeitona, minha azeitoninha
surpreendes quem te prova
seja no tacho ou na mesa
és sempre a maior riqueza
que o povo diz com estima
que tu és como a verdade
hás-de vir sempre ao de cima
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